# Plano Estratégico PNEFA – Atualização 2020
1 – O PNEFA no Maranhão
O Estado do Maranhão tem uma área de 331.937.450 Km², uma população de 6.103.327 habitantes (IBGE, 2010), distribuídos em 217 municípios. Faz divisa com os Estados do Pará, Tocantins e Piauí, todos com status sanitário internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação – reconhecimento pela OIE. Possui uma população bovina e bubalina de 8.056.946 de animais, distribuída em 97.553 propriedades rurais, apresentando uma capilaridade (Figura 01) formada por 01 Unidade Central, 18 Unidades Regionais (UR), 88 Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), 79 Escritórios de Atendimento à Comunidade (EAC), 42 municípios atendidos por ULSAV, 08 municípios atendidos por EAC e 07 Postos Fixos de Fiscalização Agropecuária (Figura 02).
A última ocorrência de febre aftosa no Estado foi registrada em agosto de 2001 no município de Eugênio Barros, estando há mais de 16 anos sem registro.
Figura 01 – Capilaridade da AGED no Maranhão
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 02 – Postos fixos de fiscalização do Maranhão (atualizar mapa)
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
A campanha de vacinação contra a febre aftosa acontece semestralmente nos meses de maio (com duração de 30 dias para a vacinação de todos os bovinos e bubalinos, independente da idade e mais 15 dias para a comprovação da vacinação nos escritórios da AGED) e em novembro (com duração de 30 dias para a vacinação somente do rebanho até 24 meses dos bovinos e bubalinos, e mais 15 dias para a comprovação da vacinação nos escritórios da AGED).
Em cada campanha, o PNEFA/MA analisa resultados parciais por município nas datas 10, 20 e 30 utilizando três planilhas: índice de vacinação de rebanho; quantidade de vacinações fiscalizadas, assistidas e oficiais; e controle do estoque, chegada e vendas de vacinas contra a febre aftosa.
O desempenho das ações do PNEFA/MA tem grande importância para o desenvolvimento da pecuária local, uma das principais atividades econômicas do Estado, e também para a pecuária nacional, visto que o Estado é uma área com grande fluxo e uma grande porta de entrada de possíveis fontes de transmissão da febre aftosa, além de despontar como uma pecuária pronta para ser alocada no cinturão de estados voltados para exportação e mercado internacional.
Em relação à distribuição do efetivo bovino e bubalino do Estado nas Unidades Regionais (UR) e Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), observamos na Figura 03, que a região noroeste e centro-sul detêm em 09 UR e 26 UVL mais de 60% do quantitativo do rebanho, e onde se concentra as principais atividades agroprodutivas englobando Laticínios, Frigoríficos e Eventos Agropecuários.
Figura 03 – Distribuição do efetivo bovino e bubalino no Maranhão
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
2 – Atividades do PNEFA
Entre as atividades do PNEFA realizadas em todo o estado para consolidação do status sanitário, destacamos:
Figura 04 – Cadastramento de propriedades
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 05 – Cadastramento de profissionais autônomos
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 06 – Manutenção de informes sanitários
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 07 – Fiscalização de revendas de vacinas
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 08 – Fiscalização do trânsito animal
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 09 – Acompanhamento de vacinações
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 10 – Realização de palestras
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 11 – Reuniões do COMUSA
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 12 – Atendimento à suspeitas
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 13 – Supervisões internas
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 14 – Coleta de soro sanguíneo
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 15 – Fiscalização de eventos pecuários
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
3 – Ações do PNEFA em áreas indígenas e quilombolas
As ações do PNEFA no Maranhão, também englobam áreas indígenas e quilombolas, consideradas áreas estratégicas, onde são realizadas vacinações oficiais e assistidas de todo o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa durante as etapas oficiais de vacinação (maio e novembro).
O Maranhão possui 22 reservas ou aldeias indígenas com um rebanho de 4.918 bovinos e bubalinos, distribuídos em 04 UR, englobando 11 municípios (Figura 16).
Figura 16 – Áreas indígenas no Maranhão (atualizar mapa)
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
O Estado apresenta ainda, 248 quilombos com um rebanho de 28.948 bovinos e bubalinos, distribuídos em 10 UR, englobando 42 municípios (Figura 17).
Figura 17 – Áreas quilombolas no Maranhão (atualizar mapa)
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
4 – Evolução da situação sanitária e da cobertura vacinal no Maranhão
Desde 2002 a AGED junto com a população, principalmente com os produtores rurais, seguindo as estratégias do PNEFA, e o sistema veterinário oficial sendo avaliado através de auditorias federais e internacionais, evoluiu sanitariamente desde o status de risco desconhecido para a febre aftosa até o status internacional de livre com vacinação (Figura 18). Neste período também houve evolução satisfatória, atingindo metas do MAPA e alcançando boa cobertura vacinal (Figura 19).
Figura 18 – Evolução da Situação Sanitária no Maranhão
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 19 – Evolução da Cobertura vacinal no Maranhão
ANO | I ETAPA % | II ETAPA % |
2002 | 66,72% | 68,68% |
2003 | 50,11% | 87,51% |
2004 | 85,67% | 85,31% |
2005 | 92,24% | 94,06% |
2006 | 91,38% | 91,37% |
2007 | 92,84% | 92,82% |
2008 | 93,43% | 94,24% |
2009 | 95,99% | 95,59% |
2010 | 95,92% | 94,87% |
2011 | 96,59% | 97,00% |
2012 | 97,00% | 96,38% |
2013 | 96,06% | 95,16% |
2014 | 95,44% | 95,28% |
2015 | 98,82% | 98,04% |
2016 | 98,46% | 98,44% |
2017 | 98,42% | 98,03% |
2018 | 97,73% | 96,87% |
2019 | 97,4% |
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
5 – Conhecendo a febre aftosa e os procedimentos de vacinação
Febre Aftosa: Conhecer para Erradicar e prevenir!
Febre Aftosa é uma doença aguda e altamente transmissível, produzida por um vírus e caracterizada por febre alta, manqueira, salivação abundante (baba), dificuldade para alimentar-se, aborto e eventualmente, morte, particularmente em bezerros e suínos. Acomete animais domésticos que tem o casco partido em duas unhas, como: bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos, além de animais selvagens como capivara e veado.
Nos bovinos e bubalinos os sinais característicos são: Febre; anorexia; aparecimento de vesículas na língua, boca, focinho, tetas e patas (Figura 20); salivação excessiva (Figura 21); claudicação (manqueira); lactação diminuída; abortos; mastite; alta mortalidade nos animais jovens.
Figura 20 – Aftas na língua
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Figura 21 – Salivação excessiva
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
A febre aftosa se propaga rapidamente e tem alto grau de morbidade, sendo transmitida principalmente através da movimentação dos animais doentes; da carne fresca e de ossos procedentes de animais doentes; dos couros frescos; do pessoal das fazendas; do leite fresco; através também dos veículos, das forragens e dos utensílios utilizados na fazenda, além da água e pelo ar.
O procedimento de vacinação dos bovinos e bubalinos deve seguir orientações e cuidados de modo a garantir a imunização do rebanho e a segurança dos vacinadores. Os produtores devem adquirir a vacina em estabelecimentos credenciados pelo MAPA e cadastrados e fiscalizados pelo serviço veterinário oficial (AGED/MA). Antes da vacinação a caixa com a vacina e demais materiais de uso imediato, devem ser protegidos do sol e de eventuais riscos de acidentes, mantendo sempre a vacina em temperatura entre 2ºC e 8ºC (Figura 22), usando pistola devidamente limpa e desinfetada.
Figura 22 – Conservação da vacina
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
A vacina pode ser aplicada por duas vias: utilizando agulhas de 15 x 18, para aplicação da vacina pela via subcutânea; e agulha 20 x 20, para aplicação da vacina intramuscular.
O vacinador deve lembrar-se de agitar o frasco da vacina toda vez que for encher a seringa e retirar o lacre de alumínio com uma lâmina própria (nunca use a agulha para esse procedimento, pois pode danificar a mesma).
Durante a vacinação, aspire a vacina e certifique-se que o conteúdo da seringa contém a dose certa ( 2 ml ) e que não existem bolhas de ar (Figura 23).
Aplicar 2 ml em todos os bovinos e bubalinos, independente da idade (mamando a caducando), no mês de maio e apenas em bovinos e bubalinos com idade até 24 meses no mês de novembro e certificar-se de que a dose da vacina foi totalmente aplicada e que não escorreu pelo orifício deixado pela agulha.
Figura 23 – Dose certa ao usar a vacina
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
O local ideal para aplicação da vacina é na tábua do pescoço ou atrás da paleta (Figura 24).
Figura 24 – Local da aplicação da vacina
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
Após a vacinação, o produtor deve se dirigir ao escritório da AGED onde sua propriedade encontra-se cadastrada (Figura 25), munido da nota fiscal da compra da vacina e do seu rebanho devidamente estratificado por idade e sexo.
Figura 25 – Escritório da AGED
Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central
6 – Instrumentos Legais do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA)
Manuais e formulários orientativos
Legislações por ano (em construção)
Responsável Técnico: Fiscal Estadual Agropecuária Margarida Paula Prazeres
Colaboradores:
Telefone: (98) 3227-1999
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