4/01/2017 3:44 pm

Febre Aftosa (PNEFA/MA)

Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa

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# Plano Estratégico PNEFA – Atualização 2020

 

Destaques do PNEFA/MA


1 – O PNEFA no Maranhão

O Estado do Maranhão tem uma área de 331.937.450 Km², uma população de 6.103.327 habitantes (IBGE, 2010), distribuídos em 217 municípios. Faz divisa com os Estados do Pará, Tocantins e Piauí, todos com status sanitário internacional de zona livre de febre aftosa com vacinação – reconhecimento pela OIE. Possui uma população bovina e bubalina de 8.056.946 de animais, distribuída em 97.553 propriedades rurais, apresentando uma capilaridade (Figura 01) formada por 01 Unidade Central, 18 Unidades Regionais (UR), 88 Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), 79 Escritórios de Atendimento à Comunidade (EAC), 42 municípios atendidos por ULSAV, 08 municípios atendidos por EAC e 07 Postos Fixos de Fiscalização Agropecuária (Figura 02).

A última ocorrência de febre aftosa no Estado foi registrada em agosto de 2001 no município de Eugênio Barros, estando há mais de 16 anos sem registro.

Figura 01 – Capilaridade da AGED no Maranhão

1.2

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

Figura 02 – Postos fixos de fiscalização do Maranhão (atualizar mapa)

1.3

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

A campanha de vacinação contra a febre aftosa acontece semestralmente nos meses de maio (com duração de 30 dias para a vacinação de todos os bovinos e bubalinos, independente da idade e mais 15 dias para a comprovação da vacinação nos escritórios da AGED) e em novembro (com duração de 30 dias para a vacinação somente do rebanho até 24 meses dos bovinos e bubalinos, e mais 15 dias para a comprovação da vacinação nos escritórios da AGED).

Em cada campanha, o PNEFA/MA analisa resultados parciais por município nas datas 10, 20 e 30 utilizando três planilhas: índice de vacinação de rebanho; quantidade de vacinações fiscalizadas, assistidas e oficiais; e controle do estoque, chegada e vendas de vacinas contra a febre aftosa.

O desempenho das ações do PNEFA/MA tem grande importância para o desenvolvimento da pecuária local, uma das principais atividades econômicas do Estado, e também para a pecuária nacional, visto que o Estado é uma área com grande fluxo e uma grande porta de entrada de possíveis fontes de transmissão da febre aftosa, além de despontar como uma pecuária pronta para ser alocada no cinturão de estados voltados para exportação e mercado internacional.

Em relação à distribuição do efetivo bovino e bubalino do Estado nas Unidades Regionais (UR) e Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV), observamos na Figura 03, que a região noroeste e centro-sul detêm em 09 UR e 26 UVL mais de 60% do quantitativo do rebanho, e onde se concentra as principais atividades agroprodutivas englobando Laticínios, Frigoríficos e Eventos Agropecuários.

Figura 03 – Distribuição do efetivo bovino e bubalino no Maranhão

1.4

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

2 – Atividades do PNEFA

Entre as atividades do PNEFA realizadas em todo o estado para consolidação do status sanitário, destacamos:

  • Cadastramento, mapeamento e monitoramento de propriedades e explorações rurais (Figura 04):

Figura 04 – Cadastramento de propriedades

1.5

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Cadastramento e credenciamento de profissionais de sanidade animal (Figura 05);

Figura 05 – Cadastramento de profissionais autônomos

1.6

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Manutenção dos informes zoossanitários do Estado do Maranhão (Figura 06);

Figura 06 – Manutenção de informes sanitários

1.7

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Fiscalização de insumos e serviços usados nas atividades agropecuárias (Figura 07);

Figura 07 – Fiscalização de revendas de vacinas

1.8

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Fiscalização do Trânsito Animal, de produtos e subprodutos de origem animal (Figura 08);

Figura 08 – Fiscalização do trânsito animal

1.9

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Acompanhamento das vacinações assistidas, fiscalizadas e oficiais contra febre aftosa (Figura 09);

Figura 09 – Acompanhamento de vacinações

2.1

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Realização de palestras sobre febre aftosa (Figura 10);

Figura 10 – Realização de palestras

2.2

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Reuniões do COMUSA (Figura 11);

Figura 11 – Reuniões do COMUSA

2.3

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Investigação e atendimento a notificação de suspeitas de enfermidades vesiculares (Figura 12);

Figura 12 – Atendimento à suspeitas

2.4

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Supervisões internas nos escritórios de atendimento à comunidade (Figura 13);

Figura 13 – Supervisões internas

2.5

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

  • Realização de Inquérito Soro epidemiológico da febre aftosa (Figura 14)

Figura 14 – Coleta de soro sanguíneo

2.6

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

 

  • Fiscalização de Eventos Agropecuários (Figura 15);

Figura 15 – Fiscalização de eventos pecuários

2.7

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

3 – Ações do PNEFA em áreas indígenas e quilombolas

As ações do PNEFA no Maranhão, também englobam áreas indígenas e quilombolas, consideradas áreas estratégicas, onde são realizadas vacinações oficiais e assistidas de todo o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa durante as etapas oficiais de vacinação (maio e novembro).

O Maranhão possui 22 reservas ou aldeias indígenas com um rebanho de 4.918 bovinos e bubalinos, distribuídos em 04 UR, englobando 11 municípios (Figura 16).

Figura 16 – Áreas indígenas no Maranhão (atualizar mapa)

2.8

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

O Estado apresenta ainda, 248 quilombos com um rebanho de 28.948 bovinos e bubalinos, distribuídos em 10 UR, englobando 42 municípios (Figura 17).

Figura 17 – Áreas quilombolas no Maranhão (atualizar mapa)

3.1

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

4 – Evolução da situação sanitária e da cobertura vacinal no Maranhão

Desde 2002 a AGED junto com a população, principalmente com os produtores rurais, seguindo as estratégias do PNEFA, e o sistema veterinário oficial sendo avaliado através de auditorias federais e internacionais, evoluiu sanitariamente desde o status de risco desconhecido para a febre aftosa até o status internacional de livre com vacinação (Figura 18). Neste período também houve evolução satisfatória, atingindo metas do MAPA e alcançando boa cobertura vacinal (Figura 19).

Figura 18 – Evolução da Situação Sanitária no Maranhão

af2

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

Figura 19 – Evolução da Cobertura vacinal no Maranhão

ANO I ETAPA % II ETAPA %
2002 66,72% 68,68%
2003 50,11% 87,51%
2004 85,67% 85,31%
2005 92,24% 94,06%
2006 91,38% 91,37%
2007 92,84% 92,82%
2008 93,43% 94,24%
2009 95,99% 95,59%
2010 95,92% 94,87%
2011 96,59% 97,00%
2012 97,00% 96,38%
2013 96,06% 95,16%
2014 95,44% 95,28%
2015 98,82% 98,04%
2016 98,46% 98,44%
2017 98,42%  98,03%
2018 97,73% 96,87%
2019 97,4%

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

5 – Conhecendo a febre aftosa e os procedimentos de vacinação

Febre Aftosa: Conhecer para Erradicar e prevenir!

Febre Aftosa é uma doença aguda e altamente transmissível, produzida por um vírus e caracterizada por febre alta, manqueira, salivação abundante (baba), dificuldade para alimentar-se, aborto e eventualmente, morte, particularmente em bezerros e suínos. Acomete animais domésticos que tem o casco partido em duas unhas, como: bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos, além de animais selvagens como capivara e veado.

Nos bovinos e bubalinos os sinais característicos são: Febre; anorexia; aparecimento de vesículas na língua, boca, focinho, tetas e patas (Figura 20); salivação excessiva (Figura 21); claudicação (manqueira); lactação diminuída; abortos; mastite; alta mortalidade nos animais jovens.

Figura 20 – Aftas na língua

3.4

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

Figura 21 – Salivação excessiva

3.5

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

A febre aftosa se propaga rapidamente e tem alto grau de morbidade, sendo transmitida principalmente através da movimentação dos animais doentes; da carne fresca e de ossos procedentes de animais doentes; dos couros frescos; do pessoal das fazendas; do leite fresco; através também dos veículos, das forragens e dos utensílios utilizados na fazenda, além da água e pelo ar.

O procedimento de vacinação dos bovinos e bubalinos deve seguir orientações e cuidados de modo a garantir a imunização do rebanho e a segurança dos vacinadores. Os produtores devem adquirir a vacina em estabelecimentos credenciados pelo MAPA e cadastrados e fiscalizados pelo serviço veterinário oficial (AGED/MA). Antes da vacinação a caixa com a vacina e demais materiais de uso imediato, devem ser protegidos do sol e de eventuais riscos de acidentes, mantendo sempre a vacina em temperatura entre 2ºC e 8ºC (Figura 22), usando pistola devidamente limpa e desinfetada.

Figura 22 – Conservação da vacina

3.6

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

A vacina pode ser aplicada por duas vias: utilizando agulhas de 15 x 18, para aplicação da vacina pela via subcutânea; e agulha 20 x 20, para aplicação da vacina intramuscular.

O vacinador deve lembrar-se de agitar o frasco da vacina toda vez que for encher a seringa e retirar o lacre de alumínio com uma lâmina própria (nunca use a agulha para esse procedimento, pois pode danificar a mesma).

Durante a vacinação, aspire a vacina e certifique-se que o conteúdo da seringa contém a dose certa ( 2 ml ) e que não existem bolhas de ar (Figura 23).

Aplicar 2 ml em todos os bovinos e bubalinos, independente da idade (mamando a caducando), no mês de maio e apenas em bovinos e bubalinos com idade até 24 meses no mês de novembro  e certificar-se de que a dose da vacina foi totalmente aplicada e que não escorreu pelo orifício deixado pela agulha.

Figura 23 – Dose certa ao usar a vacina

3.7

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

O local ideal para aplicação da vacina é na tábua do pescoço ou atrás da paleta (Figura 24).

Figura 24 – Local da aplicação da vacina

3.8

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

Após a vacinação, o produtor deve se dirigir ao escritório da AGED onde sua propriedade encontra-se cadastrada (Figura 25), munido da nota fiscal da compra da vacina e do seu rebanho devidamente estratificado por idade e sexo.

Figura 25 – Escritório da AGED

3.9

Fonte: PNEFA/MA – AGED/Central

6 – Instrumentos Legais do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA)

  • Manuais

Manuais e formulários orientativos

Índice de legislações

Legislações por ano (em construção)

Responsável Técnico: Fiscal Estadual Agropecuária Margarida Paula Prazeres

Colaboradores:

  • Fiscal Estadual Agropecuário Kamilla Figueiredo Vidigal (Supervisão Técnica);
  • Fiscal Estadual Agropecuário Rosiane de Jesus Barros (Setor de Epidemiologia e Estatística);

Telefone: (98) 3227-1999

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